Quando se consumou a independência do Brasil: em 1822, quando foi proclamada, ou em 1808, com a chegada da corte ao Rio de Janeiro? Como se pode explicar que o Brasil tenha nascido como uma monarquia constitucional no meio das recém-proclamadas repúblicas hispano-americanas? De que forma, nos planos político, ritual e simbólico, a legitimidade dinástica se combinou com o novo estatuto atribuído à nação nos dois lados do Atlântico? Qual o papel da imprensa e do publicismo nos anos de rutura? De que forma o liberalismo político pôde coexistir com a escravatura? Por que razão as diferentes capitanias do Brasil não se fragmentaram no processo de independência, como aconteceu nos territórios hispânicos vizinhos? Como surgiu a ideia do Brasil como uma unidade política e dos brasileiros como uma identidade e uma cidadania diferenciadas?
A independência do Brasil foi um acontecimento decisivo da história de Portugal. É por isso que este livro se propõe a responder estas perguntas e outras mais, no ano em que se comemoram 200 anos sobre a independência do Brasil.
Autores: Alain El Youssef, Andréa Slemian, Isabel Corrêa da Silva, Isabel Lustosa,Jorge M. Pedreira, Miguel Figueira de Faria, Nuno Gonçalo Monteiro e Roberta Stumpf.
Um dos mais adorados romances históricos das últimas décadas.
Editor: Editorial Presença - 488 páginas - Lançamento: janeiro de 2022
Idade das Trevas, ano 855. Joana nasce humildemente mas o seu destino está para lá dos limites que lhe impõem - e para lá dos limites da nossa imaginação.
Lutas de poder, conspirações ardilosas, segredos políticos e fanatismos sangrentos. Esta é a história da notável ascensão de uma mulher que não aceita ser o que os outros julgam e esperam dela.
Dotada de uma inteligência extraordinária e de uma imensa força de carácter, a jovem Joana supera todos os obstáculos e atinge o mais elevado grau da hierarquia religiosa católica: o trono de S. Pedro. Mas o poder tem um preço.
Mito ou verdade? História ou lenda? Durante séculos e séculos, a existência de Joana foi negada, mas este romance magnífico, apoiado numa rigorosa investigação histórica, devolve ao seu verdadeiro lugar a figura de Joana, a única Papisa da história.
Nascida em 1947, nos EUA, é autora, entre outros livros, de A Papisa Joana, romance histórico e bestseller internacional. Donna Woolfolk Cross formou-se em Inglês na Universidade da Pensilvânia. Em Londres, foi assistente editorial na W.H. Allen and Company. Depois de regressar ao seu país, trabalhou numa empresa de publicidade e fez um mestrado em Literatura e Escrita na UCLA.
Geraldo Sem Pavor torna-se num herói invejado e capaz de liderar vastos exércitos
Editor: Saída de Emergência - 240 páginas - Lançamento: janeiro de 2022
Em 1146, o jovem Geraldo, aprendiz dos copistas do convento de Santa Cruz, deita fogo ao Scriptorium num ato de rebeldia, sendo obrigado a fugir à ira do recentemente coroado D. Afonso Henriques. Errando pelo al-Andaluz, assimila a cultura muçulmana enquanto veste o papel de agente duplo, mantendo-se leal ao rei português e à Reconquista Cristã na esperança de receber o perdão pelos seus atos e deixar um legado de honra ao seu filho.
Exímio cavaleiro e homem letrado, Geraldo Sem Pavor torna-se num herói invejado e capaz de liderar vastos exércitos. Ao longo dos anos seguintes, «o cão do Giraldo», como era tratado pelos muçulmanos, conquista territórios, desafiando sempre o poder dos almóadas com os seus homens que, de um simples bando de ladrões, se viriam a transformar num verdadeiro exército organizado de cavaleiros-vilãos.
Repleta de estratégia militar, intriga política e batalhas sangrentas, esta é a história do perspicaz e astuto Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, um simples moçárabe de Santarém feito cavaleiro na época da Reconquista Cristã, e da sua ascensão a lenda. Prémio Literário Cidade de Almada - 2020
António da Costa Neves nasceu em 1945, em Grândola. É licenciadoem História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo, durante anos, publicado regularmente poesia em diversos jornais e revistas. Em 2006, o seu primeiro romance, Mataram o Chefe de Posto, sobre a temática da guerra colonial, ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada. Depois disso iniciou uma frutuosa incursão pelo romance, contando atualmente com uma dezena de títulos, muitos dos quais igualmente premiados. /Adamastor, um romance de 2008, foi objeto de ensaio académico e tema de seminário na Universidade de Coimbra, e o romance Mea Culpa! foi selecionado, em 2010, como obra de referência para o Concurso Nacionalde Leitura do Ensino Secundário. No campo da poesia, o autor venceu o Prémio de Poesia e Ficção de Almada 2016 com a obra Trinta Sonetos Triviais.
Uma vitória improvável em batalha, um amor impossível no coração
Editor: Saída de Emergência - 320 páginas -
A Tomada de Madrid é um romance épico que nos conta como, em junho de 1706, o exército português conseguiu um dos maiores feitos da sua história: humilhar Espanha. Lavavam-se assim com sangue e glória os vexames sofridos um século atrás, quando Filipe de Espanha se proclamara rei de Portugal. É Francisco de Brites, oficial português, quem nos relata esses dias feitos de golpes de espada, pólvora e morte. Mas antes de entrar em Madrid com um exército de vinte mil homens, Francisco ocupara Salamanca. E foi nessa cidade que o militar - que sofreu várias mutilações nos campos de batalha - entregou a parte mais importante de si: o seu coração. Ficou com uma morena de olhos verdes que o seduziu de uma janela. Uma vitória improvável em batalha, um amor impossível no coração, cicatrizes em todo o corpo, as agruras do cárcere e da ingratidão… mais do que a história de um veterano português, este é o relato apaixonante de um período fundamental da História de Portugal que ficou soterrado nas memórias curtas das nossas gentes.
Mário Silva Carvalho nasceu na Pampilhosa (Mealhada) em 1948. É licenciado em História pela Universidade de Coimbra. Iniciou as lides da escrita apenas depois de se aposentar da carreira de bancário, e o reconhecimento das suas obras foi imediato. Em 2012 ganhou o Prémio Literário João Gaspar Simões, atribuído pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, com o romance Diário de Um Carbonário. Em 2014 venceu a 15.ª edição do Prémio Literário Dr. João Isabel com o conto O regresso do Artur. Foi-lhe igualmente atribuído o 1.º Prémio da XI edição do Concurso Literário Descobrir Vizela com o conto O Brasileiro de Vizella. Em 2016 publicou o romance A Tomada de Madrid e em 2017 recebeu uma menção honrosa do Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa com o romance A Amazona Portuguesa, publicado em 2018. Com o romance O Regresso a Quionga ganhou o Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa 2018.
Desde o grande terramoto de 1755 que Portugal não sofria um abalo económico tão profundo.
Editor: Alma dos Livros - 352 páginas - Lançamento: março de 2022
Era uma vez um jovem empresário português que estava à beira da falência. Decidiu sentar-se diante da sua máquina de escrever a fim de engendrar um crime impossível. Às 23h30 finalizou as quatro páginas do documento que faria dele, no prazo de um ano, o homem mais rico de Portugal. Tinha, então, 28 anos de idade. Em novembro de 1924, Artur Virgílio Alves Reis, ou Alves dos Reis, como era mais conhecido, provocou o maior crime financeiro da História de Portugal. Sem recursos, exceto ousadia e audácia, adquiriu o poder de imprimir o dinheiro do seu país.
O que parecia um plano com pouca eficácia de um homem com muita imaginação, acabou por causar problemas macroeconómicos inesperados. Desde o grande terramoto de 1755 que Portugal não sofria um abalo económico tão profundo. O valor da fraude foi calculado nuns extraordinários 2,6% do PIB da época. Nenhum outro golpe financeiro à escala global chegou sequer próximo desse porte. Tudo começou de forma simples, com uma falsificação que escalou descontroladamente - Alves dos Reis formou e capitalizou um banco, o Angola e Metrópole, através do qual a vilania se foi desdobrando e multiplicando, a tal ponto que esteve perto de nunca ter sido descoberta.
Uma história inacreditável sustentada na imaginação fértil dos ignorantes, na segurança dos desinformados e na sorte absurda dos principiantes, que ajudou ao enfraquecimento da democracia e a décadas de ditadura em Portugal. O Homem Que Roubou Portugal do renomado jornalista americano Murray Teigh Bloom, narra a incrível história de Alves dos Reis, desde o momento da elaboração do golpe, até ao julgamento dos réus, em 1930, e que contou, nas audiências finais, com a presença de Fernando Pessoa cujas notas se incluem no final deste livro.
Murray Teigh Bloom, escritor e jornalista americano, nasceu em 19 de maio de 1916 em Nova Iorque. Recebeu o prémio de 50º aniversário da Columbia University Graduate School of Journalism, 1963, entre outros. Foi nomeado Profissional Excecional na Associação para a Educação em Jornalismo em 1994. Bloom serviu ainda no Exército dos Estados Unidos entre 1942 e 1946.
Marie-Laure é uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição.
Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola militar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de trevas.
Anthony Doerr nasceu em Cleveland, no Ohio em 1973. Vive com a mulher e os dois filhos em Boise, no Idaho. Publicou os livros de contos - The Shell Collector (2002) e Memory Wall (2010), uma autobiografia Four Seasons in Rome (2007) e dois romances, About Grace (2004) e Toda a Luz que não Podemos Ver, que foi finalista do National Book Award em 2014 e bestseller número 1 do New York Times. Anthony Doerr já foi galardoado com vários prémios, tanto nos Estados Unidos como noutros países: quatro O. Henry Prizes, três Pushcart Prizes, dois Pacific Northwest Book Awards, três Ohioana Book Awards, Barnes & Noble Discover Prize, Rome Prize, New Yorker Public Library’s Young Lions Award, Guggenheim Fellowship, NEA Fellowship, National Magazine Award para ficção. Em 2010, recebeu o Story Prize, um dos mais prestigiados prémios nos Estados Unidos e o Sunday Times EFG Short Story Award. Em 2007 a revista literária Granta considerou Anthony Doerr um dos melhores jovens romancistas americanos.
Romance épico, inspirador e emotivo, ao melhor estilo de Isabel Allende
Editor: Porto Editora - 360 páginas - Lançamento: janeiro de 2022
Violeta del Valle é a primeira rapariga numa família de cinco irmãos truculentos. Nasce num dia de tempestade, em 1920, quando ainda se sentem os efeitos devastadores da Grande Guerra e a gripe espanhola chega ao seu país natal, na América do Sul.
Graças à ação determinada do pai, a família sairá incólume desta crise, apenas para ter de enfrentar uma outra: a Grande Depressão. A elegante vida urbana que Violeta conhecia até então muda drasticamente. Os Del Valle são forçados a viver numa região selvagem e remota, onde Violeta atinge a maioridade e viverá o primeiro amor.
Décadas depois, numa longa carta dirigida ao seu companheiro espiritual, o mais profundo amor da sua longa existência, Violeta relembra desgostos amorosos e apaixonadas relações, momentos de pobreza e de prosperidade, perdas terríveis e alegrias imensas. A sua vida será moldada por alguns dos momentos mais importantes da História: a luta pelos direitos da mulher, a ascensão e queda de tiranos, os ecos longínquos da Segunda Guerra Mundial.
Isabel Allende nasceu em 1942 no Peru. Viveu no Chile entre 1945 e 1975, com largos períodos de residência noutros locais, na Venezuela até 1988 e, desde então, na Califórnia. Em 1982, o seu primeiro romance, A casa dos espíritos, converteu-se num dos títulos míticos da literatura latino-americana. Seguiram-se muitos outros, todos êxitos internacionais. A sua obra está traduzida em trinta e cinco línguas. Entre outras distinções, foi galardoada com o Prémio Nacional de Literatura do Chile e agraciada, em 2014, com a Medalha Presidencial da Liberdade, por Barack Obama. Em setembro de 2020 recebeu o Prémio Liber, outorgado pela Federación de Gremios de Editores de España, que a classifica como a autora latino-americana mais destacada da atualidade.
Editora: A Esfera dos Livros - 400 páginas - Lançamento: setembro de 2017
«Na manhã do dia 3 de Agosto de 1147, os combatentes cristãos estacionados em redor de Lisboa ultimavam os preparativos para o assalto à cidade. Não é difícil imaginar a azáfama nos três acampamentos, com esses homens a fazer as derradeiras verificações no armamento, a comer uma refeição que poderia ser a última, a despedir-se das companheiras, a rezar e a confessar-se, ou seja, a preparar o corpo e o espírito para o que se iria seguir.»
A conquista de Lisboa aos muçulmanos, comandada por D. Afonso Henriques e coadjuvada pelos Cruzados, teve início em Julho de 1147 e terminou em Outubro do mesmo ano. Como decorreram os primeiros embates e as primeiras negociações? Como foram instalados os arraiais e progressivamente dominadas as imediações da cidade? Como foram geridos os mantimentos durante os quatro meses que durou o cerco? Que máquinas de guerra se usaram para derrubar o inimigo? E, uma vez conquistada Lisboa, que rumo tomou a Segunda Cruzada antes de terminar no falhanço de Damasco?
Partindo de novas informações sobre a História Militar da Idade Média, a Lisboa muçulmana e a História da Cruzada, Miguel Gomes Martins reconstitui, de uma forma rigorosa e eloquente, este acontecimento decisivo na nossa história e na construção do país que somos hoje.
Ao recorrer ao testemunho de múltiplas fontes portuguesas e estrangeiras que até hoje têm sido pouco utilizadas, apresenta uma nova perspectiva sobre este episódio algo esquecido pela historiografia das últimas décadas.
Sobre o Autor Miguel Gomes Martins nasceu em Lisboa em Fevereiro de 1965. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e é mestre e doutor em História da Idade Média pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, grau que obteve com a dissertação intitulada Para Bellum. Organização e Prática da Guerra em Portugal durante a Idade Média (1245-1367), galardoada com o Prémio Defesa Nacional-2009. É autor de diversos trabalhos de História Militar Medieval (entre monografias, artigos e atas de congressos), de entre os quais se destacam os livros Lisboa e a Guerra (1367- 1411); A Vitória do Quarto Cavaleiro – O Cerco de Lisboa de 1384; A Alcaidaria e os Alcaides de Lisboa (1147-1433); As Cicatrizes da Guerra no Espaço Fronteiriço Português (1250- 1450), em co-autoria com João Gouveia Monteiro e galardoado com o Prémio Cunha Serra, da Academia Portuguesa de História-2011; e De Ourique a Aljubarrota. É técnico superior do Gabinete de Estudos Olisiponenses, colaborador do Centro de Estudos de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra e investigador integrado do Instituto de Estudos Medievais, da Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade Nova, onde leciona a cadeira opcional de História da Guerra na Idade Média.
Editora: Esfera dos Livros - 728 páginas - Lançamento: junho de 2017
Da batalha de São Mamede a Aljubarrota, da Conquista de Ceuta a Alcácer-Quibir, da Restauração às Invasões Francesas, da Batalha de La Lys às missões no Líbano ou no Afeganistão. As guerras da Fundação e da Independência. A construção do império e a descolonização. As guerras civis e as revoluções. As Guerras Liberais e a implantação da República. A ditadura militar, o 25 de Abril e a democracia. Os historiadores Nuno Severiano Teixeira, Francisco Contente Domingues e João Gouveia Monteiro cobrem quase mil anos de História, desde 1096 aos tempos que vivemos, analisando o recrutamento e a composição dos exércitos, das armadas e, mais recentemente, da força aérea. A evolução do armamento e das tecnologias militares. As estratégias, as táticas e as operações. História Militar de Portugal fala-nos destes aspetos ao pormenor, mas também nos apresenta a guerra e as guerras em contexto, nas suas relações com a economia, a sociedade, o poder politico - e a nossa identidade enquanto nação.
Cego pela ambição, seduzido pelo poder, destruído por Roma
Editora: Presença - 448 páginas - Lançamento: junho 2017
Lustrum é o segundo volume desta soberba trilogia sobre a vida de Cícero, o político e orador brilhante que viveu durante um dos períodos mais conturbados da história de Roma. Corre o ano de 63 a, C, e Cícero acaba de ser eleito cônsul, mas muitos são aqueles que cobiçam o poder - César, o seu rival implacável; Pompeu, o general mais importante da república; Crasso, o homem mais rico; Catão, um político fanático; Clódia, um playboy movido pela ambição; e Catilina, um psicopata que conspira contra Cícero e contra a própria república de Roma.
O narrador é Tirão, secretário pessoal de Cícero ao longo de quase quatro décadas, e é através do seu olhar astuto que entramos nos meandros políticos da Roma Antiga, na finíssima e labiríntica teia de traições, intrigas, sedução e crueldade que a envolve. Com uma fundamentação histórica irrepreensível e um virtuosismo literário exuberante, Lustrum evoca a Roma de Cícero com uma vivacidade raramente conseguida.
Sobre o Autor Robert Harris nasceu em Nottingham em 1957 e formou-se na Universidade de Cambridge. Foi jornalista nos programas da BBC Panorama e Newsnight, antes de se tornar editor político do jornal Observer em 1987, e depois colunista do The Sunday Times e Daily Telegraph. Em 2003 foi nomeado Colunista do Ano pelo British Press Awards. É autor dos bestsellersFatherland, Enigma e Archangel, publicados pela Bertrand.